quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Soneto:

Delírio

Não tão longe, meu bem, tu chegarás,
No meu túmulo, em noite muito escura,
Pararás junto a esta sepultura
E meu nome na cruz então lerás.

Em delírio, quem sabe, escutarás 
Uma voz, melancólica que murmura
Triste história de amor, conhecerás.

Ao sentires um vento muito forte
Não te assustes perante esta morte
Ouve ali o que nunca escutaste.

Pois, rompendo do céu a autoridade,
Serei eu a pedir da eternidade
Teu amor que em vida me negaste.

    Genildo Santana

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